terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Vista.

Esses dias me peguei passando pelo set de filmagens da minha vida.
Vi tudo, a rua mais deserta que o normal, mendigos dormindo, barraquinhas de comida... E lá estava ele, com toda a sua imponência mesmo que mais miúdo que os outros prédios... Só ele era daquela cor.
Me deu vontade de entrar, de subir e abrir uma das portas, só pra sentir de novo aquela coisa que a quase 2 anos me fez descobrir que tudo o que eu tinha vivido antes era apenas um grande ensaio.
Queria ver se a marca continua la. Aquela que eu nunca vi, só soube que existia quando eu fui embora.
Ali não existia complicação, não existia cobrança, não existia passado nem futuro. Só existia aquilo, aquelas horas. Ali sim, tudo fazia sentido.

Estar ali sozinha agora quase me fez ir embora pra chorar. Chorar de saudade. Saudade da época, dos motivos, do corpo, da alma.
O que me consola é que nós sempre teremos a lembrança, e a possibilidade.



Todo amor. Todo amor do mundo.


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